Ruben Torres Torrego |
Quando superamos o imaginário
Imaginei minha vida de um jeito, e por vias longas eu
passei, achei que seria fácil sobrevoar os encantos de minha imaginação.
O destino colocou algumas pedras e buracos entre as estradas
que eu pedalei. Em meu interior eu sabia que quanto mais aventuras eu ousasse
invadir, mais eu saberia o valor de cada buraco e queda.
Fui à busca do vento frio e também daquele calor que cada
ser humano necessita.
Encontrei o natural e o sobrenatural, mas compreendendo que
o artificial vem depois do desprazer.
Eu risquei alguns mapas a percorrer, mas depois percebi que
muitas vezes o que dá mais gosto e prazer é justamente encontrar trilhas
desconhecidas.
Pelo ar, pelo mar e pelos esforços de meus passos vivenciei
algumas coisas que desejava muito.
Encontrei respostas para algumas duvidas, entendi que muitas
outras dúvidas vão surgindo quando passamos a conhecer mais universos além dos
já conhecidos por nós.
Valorizei algumas rotinas que considerava bobas, interagi
com estranhos, entendi que para tornar se intimo basta apenas se aproximar com
coração aberto.
Percebi que quando voamos, caminhamos ou navegamos além da
imaginação, tornamos real aquilo que buscamos mesmo sem ter consciência da
busca.
Ousar é indescritível, ousar é o caminho para nossa própria
verdade, e a incompreensão para verdade de outros.
Se aproximar do mundo é nos aproximar da nossa própria alma,
acreditar que o impossível não existe desde que acreditemos em nossos próprios
valores.
Quando miramos nos objetivos com a força interior, jamais teremos o desprazer de ser apresentados ao impossível.
Por Nina Ratini
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